sexta-feira, 27 de maio de 2016

Polícia identifica serial killer que matava dentistas no litoral de SP

A Polícia Civil conseguiu identificar o ‘serial killer’ que matou dois sócios e um funcionário de uma clínica dentária em Santos, no litoral de São Paulo. O suspeito Flávio do Nascimento Graça, de 37 anos, é um dentista que teria cometido o crime por vingança. A Justiça já decretou sua prisão temporária e ele está foragido.

Último registro fotográfico de Flávio

Segundo a investigação do Delegacia Antisequestro (Deas), chefiada pelo delegado Renato Mazagão Júnior, Flávio cometeu os crimes porque os comerciantes, assassinados por ele, abriram uma outra clínica ao lado da dele. Pouco tempo depois, ele acabou falindo por causa da concorrência. Segundo a polícia, o suspeito pode estar envolvido com a prática de magia negra.

As duas clínicas estavam em imóveis alugados e tinham o mesmo proprietário, que acabou despejando o suspeito em 2007. Durante as investigações, os investigadores do Deas traçaram um perfil de Flávio e concluíram que a série de assassinatos foi motivada por vingança, para acabar com a clínica em questão, e por isso indiciaram o suspeito por homicídio triplamente qualificado.

Mortes
No dia 23 de dezembro de 2014, o empresário Agilson Corrêa de Carvalho, de 54 anos, foi morto com um tiro na cabeça quando saía da clínica localizada no bairro Gonzaga.

Segundo testemunhas, o bandido agiu sozinho e a rua ainda estava movimentada no momento da ação por conta das compras de Natal.

No dia 15 de julho de 2015, Aldacy Correa de Carvalho, de 56 anos, também foi assassinada ao sair de uma das unidades da clínica, que fica no Centro de Santos.

Ela estava acompanhada por outras duas pessoas que também foram alvo dos disparos. Uma delas era Arnaldo Correa de Carvalho, de 54 anos, que morreu após passar quatro meses internado.

Identificação

A movimentação do serial killer antes dos crimes foram flagradas por câmeras de monitoramento. Nas ações, o suspeito utilizava uma peruca como disfarce.

No entanto, a polícia conseguiu identificar o suspeito e, a partir do nome dele, chamou colegas de faculdades para prestarem depoimento. Eles reconheceram Flávio nas imagens.

Uma das vítimas de Flávio, foi uma ex-funcionária dele, que também trabalhou na clínica que o dentista queria falir. Ela também reconheceu o suspeito por meio das imagens.

Outro ponto destacado pela polícia, é que, em junho de 2015, o suspeito cancelou o seu registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO). No entanto, para entrar no prédio do Conselho, que fica na avenida Ana Costa, ele precisou fazer um registro fotográfico. De acordo com a investigação, esse seria o registro mais recente dele.

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